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As práticas musicais têm sido acionadas como dispositivos políticos de resistência em inúmeros processos sociais contemporâneos marcados por desigualdades, discriminação e violência. Campos de estudo acadêmico como a etnomusicologia têm não somente se mostrado solidários às lutas de populações ameaçadas por esse impulso predatório, mas também procurado rever suas próprias bases de relação com o conhecimento de modo a possibilitar um verdadeiro diálogo com os saberes enraizados na experiência dos setores oprimidos da desigual e socialmente injusta sociedade brasileira, tema desse encontro.


Rosângela Pereira de Tugny
(Professora da Universidade Federal do Sul da Bahia e pesquisadora do CNPq.)
Rosângela realiza desde 2002 pesquisas sobre os cantos dos povos ameríndios, incluindo o registro e documentação sonora. Publicou em coautoria com os especialistas tikmu’un alguns livros/dvds e filmes bilíngues de tradução de seus repertórios míticos poéticos e musicais, livros e artigos que envolvem o tema da música e xamanismo, da diversidade musical, da estética ameríndia e dos cantos dos povos tikmu’un.

Samuel Araujo
(Doutor em Musicologia pela Universidade de Illinois em Urbana- Champaign (EUA) e Professor Titular da Escola de Música da UFRJ)
Na Escola de Música da UFRJ, coordena o Laboratório de Etnomusicologia, grupo de pesquisa transdisciplinar com ênfase temática nas múltiplas relações entre música, politica e poder. Entre suas publicações mais recentes são “O campo da etnomusicologia brasileira” (Etnomusicologia no Brasil, EDUFBA, 2017) e “Reengaging sound praxis in the real world”(Oxford University Press, 2018)
