Manguezais, Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Baía de Guanabara

Paulo Harkot, Cleonice Puggian e José Paulo Soares vão explorar como os manguezais da Baía de Guanabara, ricos em biodiversidade, estão enfrentando os desafios das mudanças climáticas. A ideia é discutir como a escola pública pode se tornar um espaço de justiça climática, conectando saberes locais e científicos para enfrentar as desigualdades ambientais nos territórios periféricos. Ciência e comunidade lado a lado pela sustentabilidade!

A crise climática intensifica desigualdades sociais e ambientais já presentes nos territórios urbanos periféricos, como os da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara. Nesta palestra, discutiremos como a escola pública pode se tornar um espaço estratégico para promover a justiça climática, a partir da escuta dos territórios e da valorização dos saberes locais. A reflexão se apoia em resultados de pesquisa sobre iniciativas escolares voltadas à educação para o direito à água e ao saneamento em 16 municípios fluminenses. A proposta da palestra é apresentar elementos teóricos e práticos para a construção de uma pedagogia situada, que articule o currículo escolar com os desafios ambientais enfrentados cotidianamente por estudantes e educadores. Serão discutidos os conceitos de letramento ambiental, endereço hídrico e currículo para a Baía de Guanabara, bem como estratégias para integrar conhecimentos científicos e populares nas práticas pedagógicas. A ênfase recai sobre abordagens interdisciplinares e experienciais que possibilitem aos jovens compreender os impactos das mudanças climáticas sobre seus territórios e atuar coletivamente em defesa do direito à água e à vida.

Você sabia que um dos cartões-postais do Rio está virando um depósito de lixo tóxico? A Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, abriga mais de 10 milhões de pessoas e grande atividade econômica, mas enfrenta um grave problema ambiental. Diariamente, toneladas de esgoto, lixo e resíduos industriais são despejadas em suas águas. Menos da metade da população tem esgoto tratado, e o lixo sem coleta agrava a poluição. Isso afeta a vida marinha e coloca em risco a saúde de quem consome peixes e frutos do mar da região. Apesar de várias tentativas de solução, os resultados ainda são muito pequenos. A Baía de Guanabara continua sendo tratada como “terra de ninguém”, mesmo sendo um lugar cheio de vida, história, economia e potencial! Nessa conversa vamos discutir o que está por trás da poluição da Baía de Guanabara e o que ainda pode ser feito.