De viagens e destinos: nossas decisões importam ou é papo furado?

Os diferentes líderes, políticos e gestores, sejam estes administradores do setor público, como secretários, prefeitos, governadores, presidentes, bem como aqueles do setor privado, como os CEOs, diretores e gerentes de grandes e pequenas empresas, e também os reponsáveis pela gestão de fundações, cooperativas, e demais representantes de instituições sem fins lucrativos, insistem em tratar de forma superficial, errônea e descompromissada questões referentes ao desenvolvimento sustentável. A partir de pesquisas do Grupo de Pesquisar DESCOR da UFJF, estamos conscientizando e instituindo possíveis alternativas de conhecimento a respeito da gestão de aspectos sobre economia, sociedade e meio ambientes, que dizem respeito ao desenvolvimento sustentável e aos 17 ODS da ONU, mostrando a realidade e o que pode ser feito em termos práticos para se ter uma qualidade de vida aceitável para todos(as).

O desejo e o sonho de viajar e conhecer variados territórios, povos, naturezas e culturas atravessaram o meu corpo, minha mente curiosa e capacidade de imaginar livremente. A partir daí, minha trajetória de aprender-fazer pesquisa e produção do conhecimento vem se movendo pela aproximação, pelo diálogo, pelo encontro e coração atento. Nas andanças, pousos e escutas pelo Brasil, em particular, tenho encontrado pessoas, lideranças, trabalhadores, militantes, gestores, professores e tantas outras que tem se reunido e articulado trabalhos e estudos que giram em torno de experiências e projetos turísticos desenvolvidos em/por/com comunidades locais, em contextos rural e urbano. Entre utopias, incertezas e caminhos possíveis, convido vocês para esse debate temático em expansão, mas que ainda é periférico no meio científico e nas políticas públicas, trazendo desafios, problemas e soluções complexas relevantes para a inclusão, a justiça e a valorização das comunidades e povos envolvidos no turismo nos rumos da sustentabilidade.