Divulgação e popularização da ciência.

Muito se questiona sobre porquê o interesse por ciência varia de acordo com a idade, a escolarização, o local onde se mora e o sexo da pessoa. São questões que, isoladas, nos mostram um panorama de dificuldades para a divulgação científica, mas que, quando examinadas em conjunto, interseccionalmente, nos vislumbram imediatamente por e para quem a ciência é feita. Como de fato podemos divulgar e popularizar a ciência de modo a romper com o ciclo de exclusões da qual ela é feita?

A produção da ciência procura ser objetiva, mas ainda assim é uma atividade humana e, portanto, acaba sendo influenciada por vários interesses. Pode a divulgação científica permitir que pessoas não diretamente relacionadas ao fazer científico consigam filtrar esses elementos para enxergar a ciência por trás deles?

Em um mundo dominado por antagonismos, polarização e disputas ideológicas a divulgação científica precisa superar estas barreiras para conseguir atingir mais pessoas. Mas existe um caminho para fugir do discurso autoritário sem abrir mão do conhecimento científico?