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Traduzimos a entrevista que Luiz, coordenador Nacional do Pint of Science no Brasil, forneceu ao blog do Pint of Science do Reino Unido (United Kingdom, UK) no início de Março. Você pode acessar a entrevista original em inglês aqui.
Luiz estudando bactérias
1. Qual a sua história, quem é você?
Eu sou biólogo desde os 10 anos de idade mais ou menos. Desde essa época, a única grande diferença é que agora eu tenho um phD em microbiologia. Eu amo a interação entre bactérias e todo o resto. De vírus até sere humanos. Ainda estou descobrindo quem eu sou entretanto...pergunta difícil.
2. Como você soube do Pint of Science e por que decidiu que você precisava coordenar o evento no Brasil?
Natalia Pasternak - Coordenadora Nacional de 2016-2019
Em Novembro de 2015 eu ouvi sobre o Pint of Science na melhor rede social (da época pelo menos), o Twitter! Eu vi uma foto de uma mulher segurando um pint e falando sobre algo que parecia ser ciência. Eu não tinha certeza que tal ideia maravilhosa era real, então eu imediatamente busquei no Google tudo que estava escrito naquele tweet em particular e descobri o site do Pint of Science. Eu escrevi para o Michael (co-fundador do Pint of Science) e para minha surpresa, ele respondeu! Ele me colocou em contato com a Denise, que fez o primeiro Pint of Science no Brasil alguns meses antes.
3. Qual foi o maior desafio que você enfrentou no Pint of Science?
Bem, agora que eu sou o coordenador nacional, o maior desafio é aparecer em 2020. Eu gostaria que o Pint of Science fosse parte o Carnaval, pelo menos em São Paulo. Eu espero conseguir! E claro, administrar mais de 185 cidades em nosso time será um tremendo desafio!
Um evento em Goiânia, Goiás (2018)
4. Nos conte sobre um evento ou uma experiência do Pint of Science que realmente te motivou e porquê?
Eu sempre vou me lembrar do primeiro evento - eu era coordenador da cidade, São Paulo, 2016. Era uma noite fria e chuvosa. Nós achamos que somente nossas famílias e amigos iriam para nos ver falar sobre micróbios e buracos negros. No primeiro dia do festival eu cheguei no bar às 17:00 para organizar os últimos detalhes. O bar ainda estava fechado ao público eu vi uma linha de sete pessoas esperando na porta. "Clientes habituais" eu disse para mim mesmo.
18:00, a fila ficou um pouco maior e o gerente abriu as portas. Todos entraram e sentaram nas mesas reservadas ao evento. Eu fiquei "Ok! Nossos primeiros convidados!"
Aqui no Brasil, a maioria dos bares não abre na segunda-feira. Com um pouco de conversa, nós convencemos o gerente a fazer uma exceção. Sorte dele e nossa! Aquele bar específico comportava 70 pessoas. Nós tínhamos 200 naquela noite quando o relógio bateu 19:30! Pessoas do lado de fora do bar, esperando para ouvir sobre buracos negros e micróbios! C@r#lh%, inacreditável! Aquela noite em particular me fez querer coordenar o Pint of Science para o resto de minha vida.
5. Qual seu "tema" científico favorito e com qual drink você harmonizaria?
Evolução é a solução! Eu amo isso! E eu sou sortudo o suficiente para ver isso acontecendo no laboratório com as minhas bactérias. Evolução é difícil, forte e "explode" sua mente de tempos em tempos. Eu acho que uma Imperial IPA representa a evolução. Ao fim da noite, apenas os mais adaptados podem sobreviver!
Questão bônus: o que você faz no seu tempo livre?
Eu gosto de tocar violão, mas eu deveria praticar um pouco mais. Eu gosto de codificar/programar! E fazer aplicativos inúteis. Eu amo videogame mas infelizmente, hoje em dia jogar toma tanto tempo e esforço. Então eu simplesmente assisto outras pessoas jogarem no Twitch TV por tipo, 10 minutos. Meu cérebro gosta disso.
A entrevista foi publicada em 04 de Março de 2020 e você pode acessar aqui.
Tradução: Letícia Pichinin.
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